segunda-feira, 19 de julho de 2010

Reflexão sobre os resultados positivos e negativos do uso de tecnologias em sala de aula, baseado no texto de Grasiela Giusti Pachane.

O termo novas tecnologias na educação aparece como redentor de todo um sistema educacional que parece não se reinventar há muitas décadas.
Entende-se por essas novas tecnologias todos os equipamentos de mídias, TV, vídeo, som e computadores.
Sabemos que pensar em educação hoje é pensar em mídia, pensar em tecnologia. Mas será que os professores já inseridos no mercado estão preparados para trabalhar com estes equipamentos?
Será que os cursos de Formação de Professores estão preparando os profissionais dessa nova “Era Digital”, com um senso crítico apurado para discernir até que ponto e como deve-se utilizar esses equipamentos?
Proponho analisar aqui alguns pontos positivos e também negativos das mídias e principalmente da Informática na Educação.
Há alguns anos atrás o ensino tradicional( aquele com quadro, giz, livros, cartazes, cadernos) teve suas possibilidades ampliadas com o uso dos meios de comunicação, TV, vídeo, antena parabólica. Programas voltaram-se para a utilização desses equipamentos, um exemplo foi a TV Escola, com programas educativos de alta qualidade .
Esses mecanismos iriam dinamizar a educação através da imagem, do movimento, da percepção visual do concreto e também do abstrato. Imagem, música, texto e o impacto emocional agiam como facilitadores do aprendizado.
Podemos dizer como ponto positivo que o uso das mídias trouxeram mais vida a educação. Mas como tudo tem seu lado negativo estas mídias geravam um discurso em monólogo. Os estudantes só executavam e viam, não interagiam com ela, eram os espectadores, mesmo que a partir dela fossem feitos debates, levando-os a reflexões a respeito do conteúdo, estudante e professor ficavam presos ao discurso promovido pela TV.
Com o advento do computador, a utilização das suas ferramentas educacionais vem quebrar inclusive essa limitação. Qualquer função da simples digitação de um texto ao uso de modos de apresentação e músicas, o aluno interage, se torna agente do que é e pode ser produzido. Ele agora se torna usuário e não mais espectador.
Os sistemas de satélite levam sinais de celulares e computadores a locais considerados de difícil acesso, a comunicação e a educação não tem mais fronteiras, nem de espaço, nem de tempo pois o ensino pode ser a distância.
Tantos pontos positivos, será certo que o computador assuma o papel de redentor da educação? Sabemos que não houve tempo o suficiente para surgirem estudos que analisem o impacto dessas ferramentas nas crianças, ou “ um conhecimento mais aprofundado deste instrumento, das suas implicações no processo de ensino e aprendizagem e das condições em que tal aproximação torna-se mais ou menos eficaz ou produtiva”.
“Como observa Ponte (1992), o computador por si só pode ser tanto uma contribuição positiva como negativa para o processo de ensino e aprendizagem, dependendo da forma como for utilizado.”
Não é ele que determina o comportamento e o interesse do aluno. Depende do professor a maneira de trabalhar com seus alunos as novas tecnologias despertando neles o interesse da pesquisa, da construção do conhecimento.
Há a necessidade de capacitar esse profissional, não só a nível técnico mas de uma compreensão mais ampla de todo o envolvimento que ele e seus alunos devem ter para que a Informática na Educação construa conhecimentos.
Andréia da Silva Batista

Um comentário:

  1. Excelentes as suas considerações !
    Realmente o desafio é grande...
    Nós que já vivemos com a tecnologia entranhada ainda sentimos dificuldades...
    Imagine nossos colegas que ainda tem "medo" do computador...
    O medo na verdade se caracteriza pelo desconhecimento.Assim que as cortinas se abrirem, a situação se revelará de uma outra forma.Ajude ! Divulgue ! Proponha novas formas de educar no contexto tecnológico ! bjs

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